Um dos princípios básicos para que ocorra uma mudança em nossas vidas, é que precisamos conhecer exatamente o que precisa ser modificado. Pode parecer uma observação óbvia, mas é exatamente nisso que consiste a falha no processo das mudanças humanas, pois no fundo não conhecemos todos os elementos que compõe a situação a ser modificada.
Seguindo essa premissa, é necessário que antes de começarmos qualquer modificação em nossas vidas, iniciarmos um autoconhecimento, olharmos para dentro de nós, observarmos as nossas atitudes, e as razões que estão motivando os nossos movimentos.
Olharmos se temos um norte a seguir, se temos uma meta a ser atingida, e se nossas ações, nossas atitudes estão em conformidade com elas. Se nossos pensamentos diários vão de encontro positivo com essas metas ou seguem um caminho contrário.
Precisamos descobrir o que pensamos e as razões destes pensamentos. Se queremos o que desejamos, e que quando nos deparamos com uma fome física e abrimos a geladeira aberta, nada que ingerirmos saciará essa fome, se ela for uma fome da alma.
Se quando estamos irritados, se estamos irritados com o objeto externo, ou no fundo o objeto externo só está mostrando que a irritação está dentro de nós.
Esses e outros processos automáticos comportamentais, faz com que o foco seja perdido, e assim nos distraímos da nossa verdadeira essência.
Nesse embotamento dos olhos mentais, seguimos caminhos equivocados, tomamos atitudes contrárias ao que gostaríamos de executar e vivemos uma vida que não é nossa.
Vivemos a vida de outras pessoas, e ao longo de um período de tempo, a infelicidade faz sua morada em nossa alma e quando olhamos com mais critério o nosso redor, as areias do tempo do relógio da vida estão em seus últimos grãos, a escorrer entre nossos dedos, já cansados e muitas vezes machucados pelo Sol impiedoso da descrença.
A alternativa e a solução saudável é encontrar-se, descobrir-se, revelar-se. Ouse a se enfrentar e permita-se a mudança positiva em cada gesto, em cada pensamento, em cada palavra, em cada respiração.
Desta forma, poderá nesse encontro consigo mesmo, conhecer-se e responder a indagação feita a Kahlil Gibran, em que segundo ele, ficou mudo, quando lhe fizeram esta pergunta. – Quem és tú?
Ricardo Dih Ribeiro